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Ajufe apóia OAB contra mercantilização do ensino jurídico

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O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Jorge Maurique, defendeu uma grande reforma no ensino jurídico do País, ao apoiar as críticas do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, à mercantilização desse ensino expressa na proliferação de faculdades caça-níqueis. ”Há um excessivo número de faculdades de Direito, que são apenas faculdades de giz, com pouco investimento em qualificação técnica, inclusive dos professores”, afirmou Maurique, lembrando que existem atualmente mais de 700 cursos de Direito no Brasil. “A OAB tem razão em reclamar da má qualificação dos cursos de Direito; é preciso uma grande reforma do ensino jurídico”, sustentou o presidente da Ajufe, entidade que congrega mais de mil juízes federais em todo o País. Jorge Maurique observou que o Exame de Ordem, prova aplicada pelas Seccionais da OAB para que o bacharel em Direito possa se inscrever na entidade e atuar profissionalmente, representa um avanço significativo e um contrapeso nesse cenário da mediocrização do ensino jurídico. “Hoje, o ensino jurídico vai, acima de tudo, atrás do lucro”. Para ele, o Exame de Ordem é “importantíssimo para a qualificação dos profissionais do Direito, já que não basta concluir a faculdade para estar preparado para defender o cidadão”. Na opinião do presidente da Ajufe, o Exame de Ordem “é uma experiência bem-sucedida e que deve permanecer”, necessitando, eventualmente, de aperfeiçoamentos pontuais.