Busato abre Conferência Estadual de Mato Grosso do Sul

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Roberto Antonio Busato, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil abriu, ontem, dia 10 de novembro, os trabalhos da Conferência Estadual dos Advogados de Mato Grosso Sul, que será realizada até o dia 12, sábado, no Centro de Convenções ‘Arquiteto Rubens Gil de Camilo’ – Parque dos Poderes, em Campo Grande (MS). Na abertura do evento, Busato falou sobre o tema da Conferência ‘A Nova Ordem Jurídica’. “Infelizmente, é mais uma aspiração da sociedade civil brasileira que propriamente uma realidade. Prevalece uma ‘Ordem Jurídica’ anacrônica”. Para ele, a aprovação do Novo Código Civil veio com atraso e não estabelece uma ‘Nova Ordem Jurídica’. “A reforma do Judiciário está longe de ser ideal. O avanço maior que representou – a criação do Conselho Nacional de Justiça – ainda carece do essencial: de assegurar sua autonomia”. Segundo ele, o nepotismo vem sendo combatido veemente pela OAB e, apesar de criar resistência de seu fim por alguns, há dentro e fora do Judiciário, lideranças de peso também em sintonia com os “verdadeiros valores republicanos”. Busato lembrou a Carta de Florianópolis, documento elaborado na XIX Conferência Nacional dos Advogados, realizada no mês de setembro, em Florianópolis (SC). “Nesse documento, manifestamos nossa indignação com a corrupção, com a falta de política pública, entre outros. Em novembro do ano passado havíamos lançado a Campanha Nacional de Envergadura: a de Defesa da República e da Democracia. Bem antes de suspeitármos que, nos subterrâneos da Re´pública, já corria o lamaçal do ‘Mensalão’. O objetivo da campanha era e é induzir a sociedade civil organizada a uma reflexão a respeito do significado mais profundo da palavra República, tão ausente de nossas práticas políticas”. Ele ressaltou que as prerrogativas da advocacia é outro tema que mobiliza a Ordem dos Advogados do Brasil. “As prerrogativas não são da advocacia, mas da sociedade. E a sociedade precisa saber dos direitos que tem. A democracia só será efetivamente participativa, sem tutela ou paternalismo, quando a nossa sociedade superar as barreiras do analfabetismo e da exclusão social. Cumpre-nos remover esses obstáculos que mantêm o Brasil no atraso”, encerrou Busato.