Em solenidade de inauguração da Subseção de São Raimundo Nonato, no Piauí, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, defendeu a garantia e manutenção das prerrogativas profissionais dos advogados, afirmando que num país em que a maioria desconhece seus direitos mais elementares, poucos sabem que as chamadas prerrogativas são, na verdade, direitos inalienáveis do cidadão. “Por isso, os ataques às prerrogativas da advocacia – inclusive no âmbito das CPIs, no Congresso Nacional – são um sinal perigoso e podem resultar no enfraquecimento da profissão, na redução de cidadania”, alertou Busato, acrescentando que o tema “violação das prerrogativas” nunca foi tão atual face às recentes invasões de escritórios que vêm ocorrendo em todo o país. Busato recordou, ainda durante a cerimônia em São Raimundo Nonato, algumas reivindicações da advocacia que constaram da Carta de Florianópolis, documento-síntese divulgado no encerramento da XIX Conferência Nacional dos Advogados, realizada em Florianópolis. Ele citou a manifestação de indignação feita pela classe contra o descalabro administrativo, a corrupção, a impunidade e a ausência de políticas públicas que atendam aos objetivos fundamentais da República, declarados na Constituição Federal.