OAB/MS aguarda conclusão das investigações do ‘Caso do Motel’

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A OAB/MS vem acompanhando, desde o último dia 4 de outubro, as investigações das mortes de Marcos Alcalde e Eliane Ortiz, assassinados no dia 21 de junho, em um motel da cidade de Campo Grande (MS), e que ficou conhecido como ‘Caso Motel’. Composta pelos advogados Geraldo Escobar Pinheiro – presidente da OAB/MS, Elenice Pereira Carile – Conselheira Federal da OAB e presidente em exercício da Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Conselho Federal e Nilson Pereira Albuquerque – presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS, a Comissão da OAB/MS que analisa este caso já fez uma leitura de todo o inquérito, colocado à disposição da entidade pelo delegado Eduardo Quirilos Tebet e realizou uma reunião hoje, dia 14 de outubro, pela manhã, para discutir o caso. Para a Comissão, o Caso Motel é muito complexo. “O delegado está encerrando o inquérito e há novos depoimentos. Não podemos dar um relatório sobre o caso antes da conclusão do delegado. As advogadas do Cabo PM Adriano de Araújo Mello, envolvido no caso, Maria Henriqueta de Almeida e Silvia Madeline Fernandes, entraram com um pedido junto a OAB/MS, onde dizem que depoimentos não foram considerados. Isso não mudaria a investigação, mas o entendimento das investigações”, explicou Escobar. Segundo Elenice, a OAB/MS irá instruir o processo de Direitos Humanos da entidade. “Temos algumas dúvidas e estamos aguardando novos depoimentos. Dentro da conclusão que chegamos, com a atuação séria do delegado Tebet, há perguntas que não foram feitas e, no nosso entendimento, trariam respostas importantes”. “Queremos saber quem matou e por que. É importante ressaltar que a OAB/MS não intervém no caso, e sim acompanha as investigações. Não temos legitimidade para desenvolver investigação. Queremos a proteção dos direitos dos cidadãos e a apuração dos fatos, sem que com isto tenha qualquer reparo a fazer nos trabalhos levados a efeito pelo presidente do inquérito, delegado Eduardo Tebet e sua equipe”, afirmou Escobar. A OAB/MS começou a acompanhar o caso, por solicitação de José Marcos Alcalde, pai de Murilo Alcalde e por entender que esse não é mais um caso da família da vítima, “mas sim um caso que gera insegurança em toda sociedade”.