Caso Paulo Magalhães completa 30 dias e investigação tem prazo prorrogado
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Após um mês da execução do ex-delegado e advogado Paulo Magalhães, a Delegacia Geral da Polícia Civil prorroga as investigações para mais 30 dias. A expectativa da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) é que, com a prorrogação, o dossiê, que teria sido distribuído por Magalhães dias antes de sua execução a varias entidades locais e nacionais, seja incluído nos procedimentos. A apuração rigorosa e punição pela morte de Magalhães é uma das bandeiras que a OAB/MS leva nesta quinta (25), durante os protestos da Caminhada pela Justiça.
“Recomendamos a inclusão do dossiê junto a outros dados já coletados na investigação. Esse é um documento importante que não pode ser desconsiderado”, diz presidente da Comissão de Advogados Criminalistas, Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Junior, que compõe o grupo nomeado pela OAB/MS, no dia 26 de junho, para acompanhar as investigações. O grupo conta ainda com a participação dos advogados Rodrigo Correa Couto, da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados (CDA), e o advogado Alexandre Franzoloso.
Segundo Saldanha, o dossiê, divulgado pela imprensa, que reúne todas as denúncias feitas por Paulo Magalhaes em seu blog pessoal, até o momento não foi objeto de investigação. Saldanha relata ainda que ainda aguarda a autorização da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para que os representantes da OAB/MS possam acompanhar o processo.
Preocupado com a investigação, o presidente da OAB/MS, Júlio Cesar Souza Rodrigues, enviou, logo após a execução de Magalhães, ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ministra chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e ao secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, e ao governador do Estado, André Puccinelli, reforçando o pedido de apuração.