Prerrogativas: Conselho realiza desagravo contra Delegada de Policia Federal do Interior

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O Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), realizou um ato de desagravo público, nesta sexta-feira (26), em favor da Advogada Rosane Magali Marino, que teve prerrogativas violadas por Delegada da Polícia Federal de Ponta Porã. A manifestação foi feita pela Conselheira Estadual Eliane Potrich.

Consta no relato que a Advogada Rosane Magali Marino foi impedida de ter acesso aos autos policias de um casal de clientes, primeiramente pelo plantonista porque, segundo ele, não estava munida de procuração. Ela foi indicada a voltar à tarde para falar com a Delegada responsável Paloma Brígido Alves, que estava em reunião. Acompanhada com outros dois colegas advogados da Comissão de Prerrogativas, ela voltou e novamente não teve acesso ao inquérito policial, de crime comum, sem caráter sigiloso.

Atendida na calçada, sem entrar no local, a Delegada, com ironia, atendeu e disse que não daria acesso aos autos, pois o caso estava em sigilo e que não era obrigada a dar a documentação.

A Conselheira Eliane Potrich afirmou estar honrada em conduzir “o ato em favor da nossa advocacia, em favor da advocacia de nossas mulheres advogadas, mas em específico em favor da nossa estimada colega e advogada”.

Ela citou que “o que tem de mais negativo, em todo esse processo, é o dever de urbanidade que deve nortear as atividades e atos daqueles que representam o Estado e, em seu nome exercem atividades estatais, o que por certo não ocorreu no presente caso”.

O Ato do Desagravo, segundo Potrich, “é a resposta à atitude que perverteu a autoridade em autoritarismo, e em o objetivo de demonstrar solidariedade ao ato praticado contra a esta colega, contra toda a nossa classe e contra toda a cidadania”.

Na ocasião, o Presidente da OAB/MS Mansour Elias Karmouche também prestou solidariedade total e irrestrita à advogada e a todos os advogados que já passaram por situações como essa e espera que esse ato possa reparar o agravo que foi cometido com a colega.

 

Texto: Catarine Sturza / Foto: Gerson Walber