Água com gosto de barro em Campo Grande leva OAB-MS a oficiar MP, Prefeitura

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Campo Grande (MS) – Diante do problema de alteração no sabor e odor da água que abastece 26 bairros e a área central de Campo Grande desde o início da semana, o presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Fábio Trad, vai oficiar o Ministério Público Estadual (MPE), a Prefeitura de Campo Grande, responsável pela concessão do serviço, e a empresa concessionária Águas Guariroba, para que seja resolvido o mais rapidamente possível o problema e para que sejam devidamente esclarecidas as causas e as conseqüências sobre o consumo desta água pela população. “Água é um produto vital que ninguém pode deixar de usar. Urge que o problema seja resolvido e que suas causas e conseqüências sejam devidamente esclarecidas”, afirmou Fábio Trad na manhã de hoje (12).


Desde o início da semana a água consumida por grande parte da população da Capital está com gosto e odor de barro, como se fosse água suja. A princípio muita gente pensou tratar-se de problemas em caixas de abastecimento. Diante de milhares de reclamações, a empresa concessionária do serviço de água e esgoto divulgou nota à imprensa admitindo o problema e alegando que a alteração de sabor e odor estaria sendo provocado pela proliferação de algas na captação do Lageado, que abastece a região atingida. Conforme a concessionária Águas Guariroba, apesar das alterações, a água seria própria para o consumo e atenderia as determinações do Ministério da Saúde.

“Esse tipo de explicação não basta já que o problema continua. É de conhecimento de qualquer pessoa que água ideal para consumo deve ser insípida, inodora e incolor. Portanto, a alteração que atinge grande parte da população deve ser devidamente apurada o mais urgentemente possível”, disse o presidente Fábio Trad, justificando a necessidade de haver uma apuração e solução rápida para que o abastecimento volte ao normal e para que suas eventuais conseqüências à saúde pública sejam devidamente esclarecidas.

O problema atinge, além do centro, os seguintes bairros nas regiões das saídas para Sidrolândia e saída para São Paulo: Vila Planalto, Tijuca, Coophamat, Santa Emília, Nova Bandeirantes, Taveirópolis, Marcos Roberto, Vila Nhanhá, Jockey Clube, Piratininga, Vila Albuquerque, Jd. América, Santo Eugênio, Vila Progresso, Alves Pereira, Monte Líbano, Colibri, TV Morena, Universitário, Tarumã, Batistão, Amambaí, Guanandy, Jd. Buriti, Vila Carvalho, São Bento e adjacências.