CDSIS debate a postura sistêmica na prática da advocacia

A Comissão de Direito Sistêmico (CDSIS), na noite desta segunda-feira (12), reuniu-se para tratar de temas pertinentes a este ramo do direito que ainda tem muito a ser desvendado e, sob a presidência de Maria de Andrade Rosa, que está a frente da comissão pela segunda vez, realizou mais uma reunião ordinária.
Na pauta estava a discussão de mais alguns capítulos do livro Abordagem Sistêmica na Prática da Advocacia, a agenda dos laboratórios sistêmicos, a escolha dos integrantes para atuar como secretária e secretária-adjunta da comissão, além de algumas dinâmicas sistêmicas.
“O direito de sistêmico é calcado em três leis: pertencimento, hierarquia e equilíbrio. A postura sistêmica é o mais importante na atuação do direito sistêmico. Não existe segredo e, embora muitos acreditem que é uma coisa espiritual, trata-se apenas de postura em relação ao cliente, a você mesmo, ao judiciário. Como me posturo frente a todas essas realidades, porque nós nos posturamos equivocadamente”, explicou.
Segundo a Presidente, a postura do advogado deve ser somente técnico-jurídico, de orientar o cliente no aspecto legal, e a força reside na postura correta. “Quando nos posturamos no nosso lugar, temos força. E isso já foi constatado em audiência, na condução de processos, na mediação de acordos. A postura sistêmica da advocacia colabora fortemente para isso. Assim, a paz reina e só na paz pode haver soluções”, completou.
No livro citado pela Presidente estão dispostos vários artigos sobre a postura sistêmica: o que é, como atuar em diferentes áreas do direito e, segundo ela, embora a maioria dos advogados ainda não olhem para o direito sistêmico, o trabalho com esse olhar ampliado não fomenta a guerra e se chega a uma solução boa para todos.
“Anteriormente, uma parte ganhava e a outra perdia. A que ganhou fica satisfeita e a outra não, porque o problema continuava. E, às vezes, são questões simples que podem ser resolvidas antes de entrar no judiciário, ou até mesmo depois, porém com outro olhar. Hoje, com a tecnologia, a IA faz uma petição em dez segundos e o advogado torna-se mero despachante – o direito sistêmico veio para resgatar a atuação da advocacia porque ela é imprescindível”, concluiu.
Entenda – Para difundir essa abordagem inovadora na advocacia, em novembro de 2024, a comissão lançou o livro ‘Abordagem Sistêmica na Prática da Advocacia’. A obra foi coordenado pelos membros da comissão, com conselho editorial de advogados de outros estados e a participação de 14 integrantes da CDSIS.