Cinco, dos sete ministros do TSE são oriundos da OAB

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Dos sete ministros que estão à frente do Tribunal Superior Eleitoral na eleição que movimentará hoje quase 120 milhões de brasileiros, cinco foram advogados durante muitos anos, inclusive com forte ligação com o Conselho Federal da OAB ou nas Seccionais. O próprio presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, foi vice-presidente do Conselho Federal durante a gestão de Eduardo Seabra Fagundes, período em que explodiu a bomba na sede da entidade vitimando há 24 anos a secretária Lida Monteiro. O corregedor-geral eleitoral, ministro Peçanha Martins, é oriundo do Superior Tribunal de Justiça onde chegou indicado pela OAB por meio do quinto constitucional. Peçanha, que é baiano, foi conselheiro federal por três anos . O segundo ministro do STJ atuando nesta eleição – Humberto Gomes de Barros – também chegou à condição de ministro após indicação do Conselho Federal da entidade, onde também teve assento . Apesar de ser o TSE o único tribunal onde a OAB não indica representantes pelo dispositivo constitucional do quinto os dois representantes dos advogados na composição do TSE – Carlos Madeira e Carlos Caputo Bastos – sempre tiveram ligação estreita com a OAB. O ministro Carlos Madeira, por exemplo, foi presidente da Seccional da OAB do Rio Grande do Sul, tendo como vice o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim. Foi,ainda, secretário-geral do Conselho Federal onde disputou a presidência da enidade juntamente com OPhir Cavalcanti Filgueiras que acabou eleito. Madeira é casado com a ministra Maria Cristina Peduzzi, do Tribunal Superior Eleitoral. Ela chegou à condição de segunda mulher indicada para o tribunal por meio do quinto constitucional. Carlos Caputo Bastos também foi conselheiro federal da OAB.