Mansour critica aumento de impostos e CPMF no lançamento da campanha “Acorda MS”

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) participou do lançamento oficial da campanha “Acorda MS – Chega de Impostos”, na noite desta terça-feira (01), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS). A campanha, idealizada pela Fiems em parceria com a OAB/MS, Fecomércio-MS, Famasul e Faems, apresentou os impactos que o possível retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) pode trazer para o setor produtivo do Estado.

Considerando o rombo orçamentário que o retorno do tributo vai representar para toda a sociedade, a OAB/MS, a Fiems, a Fecomércio-MS, a Famasul e a Faems articularam a campanha para mobilizar a sociedade contra a possível retomada da CPMF e redução dos demais tributos já cobrados. “A CPMF não tem base jurídica para ser instituída. Ela é um assalto aos bolsos do cidadão. A OAB se posiciona de forma firme contra este tributo e fará o possível para não admitir o retorno do imposto”, disse o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche.

Na ocasião, foi ativado o “Impostômetro”, um painel que mostrará – de segundo em segundo – os valores dos impostos federais e estaduais que a população paga diariamente desde janeiro deste ano. “A sociedade não quer o retorno da CPMF porque o consumidor final é o maior prejudicado. O imposto atinge desde a produção ao consumo em todas as suas cadeias, então nós precisamos mobilizar a bancada federal e cobrar deles”, afirmou o presidente da Fiems, Sérgio Longen.

Sobre o painel de valores, Karmouche acredita que é uma facilidade para a população acompanhar quanto está recolhendo diante do que vem sendo apresentado pelo governo. “A sociedade brasileira não aguenta mais ficar pagando imposto e o governo tem que encontrar outro meio para atravessar a crise. Todo o país que dependeu só de imposto foi pra baixo, então temos que pensar na produção, na geração de empregos”, finalizou.

Análise

O presidente da Fecomércio/MS, Edison Araújo, alerta que, se a CPMF voltar, a crise pode se prolongar ainda mais. “As pessoas estão cada vez mais endividadas e comprando menos, repensando melhor os gastos que farão com as reservas econômicas, então a tendência das vendas é cair ainda mais com essas novas imposições do governo”, pontuou.

Para o presidente da Famasul, Mauricio Saito, a pesquisa é uma resposta clara de que a população não aguenta mais aumento de tributos. “A partir do momento que o setor produtivo é impactado, automaticamente a gente tem que pensar como cadeia de produção e isso faz com que a população como consumidor final seja atingido”, comentou.

Já o presidente da Faems, Alfredo Zamlutti, reforçou que a volta da CPMF atinge toda a sociedade e não deve deixar passar em branco. “O povo tem que tomar uma posição e não pode sofrer as inconsequências de um governo que quebrou o país”, disse. 

* Com informações da Assessoria de Imprensa da Fiems.