Moções póstumas concedidas a advogados emocionam Conselheiros e familiares
Moções póstumas concedidas a três advogados que dedicaram longos anos de suas vidas à carreira e deixaram grandes contribuições à classe jurídica sul-mato-grossense, emocionaram Conselheiros e familiares, na manhã desta sexta-feira (30). As lembranças, palavras de carinho e saudades foram manifestadas a Paulo Essir, Eduardo Haddad e Antônio Rivaldo Menezes de Araújo, na Sessão Ordinária Virtual do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS).
Nomeado para prestar homenagem ao Advogado Paulo Essir, primeiramente se pronunciou o Conselheiro Cerilo Casanta Calegaro Neto. “Ao longo dos seus 85 anos de existência material e quase 50 anos de profissão, talvez muitos de nós sequer existíamos, mas aqui já estava presente nosso estimado amigo e colega, Doutor Paulo Essir. Como muitos de nós, ele veio para Campo Grande pelos bons ventos que para estes lados sopraram, trazendo as sementes para este solo fértil e aqui produziu frutos e exemplos para a sociedade sul-mato-grossense”, citou.
“Muito reservado, ético e discreto. Suas poucas palavras o faziam alguém ímpar. Os conviventes testificavam sua lealdade, generosidade e verdade. Ao longo de sua vida, fez grandes amigos que o acompanharam até as suas últimas atuações”, finalizou Cerilo.
Na sequência, a Conselheira Eliane Rita Potrich foi a oradora da homenagem ao Advogado Eduardo Haddad. Ela lembra que o lema dele era trabalhar, estudar e enfrentar novos desafios. “Olhando o caminho percorrido pelo doutor Eduardo, observa-se um homem bastante conhecido e respeitado por sua conduta íntegra e dedicação à sua profissão como Advogado. Por longos anos dedicou-se com maestria a transmitir conhecimento aos seus ex-alunos, hoje praticamente todos aprovados na OAB, como já dito acima, um legado de alunos que levarão consigo seus ensinamentos eternos. Bom pai, bom filho, bom marido e um profissional de honra como advogado e docente. Uma referência para ser seguida e jamais esquecida. Um guerreiro, batalhador, colega, amigo, grande parceiro, bem humorado, solidário, homem forte e dinâmico. Sua ausência deixou-nos desolados”, discursou.
Finalizou as moções póstumas o Conselheiro Cleiry Antônio da Silva Ávila, prestando homenagem ao Advogado Antônio Rivaldo Menezes de Araújo, que por 47 anos exerceu a advocacia. Referindo-se a Antônio como advogado, operador do direito e defensor intransigente da Justiça, citou o excelente legado por ele deixado.
“Com ele tive a oportunidade de aprender os princípios básicos da ética e combatividade que devem nortear a atuação do advogado, pois como dizia Rui Barbosa: ‘maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado’. O doutor Rivaldo sempre lutou. Durante sua carreira, o doutor Antônio Rivaldo, nas ocasiões em que esteve à frente funções públicas, como a de Juiz do TRE, pelo Quinto Constitucional, soube honrar a classe, atuando com destemor, correição, boa técnica, imparcialidade o sobretudo probidade. Foi detentor de conduta social escorreita e ilibada, norteada pela ética, tratando com justiça e correição seus pares, funcionários e colaboradores, pautava-se pela alegria e altivez”, recordou.
Também prestaram homenagens familiares dos advogados falecidos, o Diretor-Tesoureiro Marco Rocha, Conselheiro Federal Luís Claudio Alves Pereira, o Conselheiro Federal Afeife Mohamad Hajj, a ex-Presidente da OAB/MS Elenice Pereira Carille (gestão 90/92), o Advogado Félix Balaniuc, o Advogado Aparecido dos Passos.
Texto: Laura Holsback / Fotos: Gerson Walber