No mês do advogado, Fábio Trad homenageia colegas com artigo
No mês em que se comemora o dia do advogado, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, Fábio Trad, presta homenagem aos colegas de profissão com artigo. Na fotografia, Fábio Trad junto com as principais lideranças da advocacia brasileira: o presidente do Conselho Federal, Cezar Britto; o conselheiro federal por Mato Grosso do Sul e vice-presidente do Conselho Federal, Vladimir Rossi Lourenço; e o ex-presidente nacional Roberto Busato.
Advogado: uma honra, um orgulho!
Advogado: uma honra, um orgulho!
É fato que a OAB é uma instituição forte, sólida e respeitada. Paradoxalmente, também é fato que o advogado está frágil, vulnerável e aviltado.
A propósito, a indisposição com o advogado integra o folclore da cultura ocidental. Cantavam, em verso e prosa, os menestréis da Idade Média:
“Santo Ivo era bretão e coisa que o povo espanta: era advogado, sem ser ladrão…”
É nítida a sensação de que está em curso neste país um processo de “banditização cultural” do advogado. A estratégia é intimidá-lo. Recorrem à força potencializadora da mídia para transformar o mau exemplo de uma desonesta minoria em álibi legitimador do descrédito da própria Profissão.
Em verdade, pretendem algemar a liberdade da beca porque advogar é um verbo que não se conjuga com subserviência. Em tempos de inflexão democrática e espasmos autoritários, a voz do Advogado incomoda e ameaça projetos liberticidas.
Escondem a verdade, agredindo os próprios fatos. Não abrem a Constituição, porque temem popularizar o conteúdo ético do art.133. Estigmatizam a obra, objetivando corromper o seu autor. Violentam as prerrogativas, visando subjugar consciências. Sonham com uma advocacia amesquinhada pela adulação porque confundem respeito com servilismo.
Urge proclamar: advocacia é um valor! Sua ética recorda a sabedoria do perdão, a dignidade do equilíbrio, a magnitude da razão e o poder da tolerância. As “unanimidades” não toleram a advocacia, porque não se doma um advogado com a força da quantidade, mas com o simples valor de um gesto.
Contra a corrente da cultura apressada do consumismo, urge prestigiar a profissão de fé que faz do advogado instrumento ativo da serenidade reflexiva. Não se faz democracia com nomes e títulos, mas com vigilante militância e prática disciplinada.
Por isso, quanto mais cedo a sociedade aprender a respeitar o Advogado, menos tempo terá para lamentar a desmoralização da Democracia, porque o primeiro passo para a restauração da radicalidade republicana é reconhecer que:
SEM ADVOGADO, NÃO HÁ PROCESSO;
SEM PROCESSO, NÃO HÁ SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS;
SEM SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS, INSTALA-SE O CAOS …
Amigo da Paz; filho da Cidadania; sócio desinteressado da Democracia: eis o Advogado!
Fábio Trad – Advogado