Nova comissão da OAB/MS vai acompanhar os refugiados sírios

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Nessa sexta-feira (25) aconteceu a primeira reunião da Comissão de Acompanhamento dos Refugiados da Síria da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), criada no último dia 16. O principal objetivo é acompanhar a chegada e instalação dos refugiados da Síria em Campo Grande e apoiar a reintegração desses imigrantes à sociedade.

“Vamos acompanhar e fiscalizar toda a reintegração” , declarou o presidente da Comissão, o advogado Elton Nasser. Essa é a pior crise de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial, e o Brasil é o país da América Latina que abriga o maior número de refugiados sírios. De 2011 até hoje, já são mais de 2 mil sírios asilados. O mundo todo passou a olhar mais atentamente para essa questão após a veiculação da foto de um menino refugiado sírio de apenas 5 anos morto em uma praia. 

Segundo o presidente da Comissão, a primeira etapa será realizar um levantamento sobre o número exato de refugiados no Estado e das condições em que eles vivem e solicitar a colaboração das autoridades públicas para que sejam feitos os acolhimentos necessários. Elton esclareceu ainda que a finalidade de todas as providências é a de permitir o acolhimento dos refugiados em solo sul-mato-grossense, assegurando a plena segurança de direitos e garantias individuais, na esteira do que disse o papa Francisco recentemente nos Estados Unidos: “devemos tratar o outro com a mesma paixão e compaixão com que gostaríamos de ser tratados, e dar aos outros as mesmas possibilidades que procuramos para nós mesmos”.

Na reunião estiveram presentes, além dos membros e diretoria da comissão, a representante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (SEDHAST) do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Rosângela Rodrigues Araújo de Souza e a voluntária da Pastoral do Migrante, Marisa Ferreira Neves Zephyr, que trouxeram a questão dos imigrantes haitianos no Mato Grosso do Sul, a ser analisada. A Comissão avaliará as medidas a serem tomadas neste caso, entre elas a criação de uma nova comissão para refugiados em geral, o trabalho conjunto com a Comissão de Direitos Humanos, ou ainda a ampliação da atuação da Comissão para abranger a todos os tipos de refugiados.