Novos membros da AAT tomam posse em cerimônia na OAB/MS
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Na noite da última sexta-feira (14) os novos membros na Associação dos Advogados Trabalhistas (AAT) tomaram posse em cerimônia realizada no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS). A nova diretoria, eleita no dia 30 de agosto, conduzirá os trabalhos na Associação no Biênio 2018/2020.
Antes da cerimônia de posse duas palestras marcaram o encerramento da gestão 2016/2018. A Doutora em Direito do Trabalho pela USP/SP, Professora da Fundação Escola da Magistratura do Trabalho do RS (FEMARGS), Valdete Souto Severo, proferiu palestra sobre “Democracia em tempos de Desmanche: a "Reforma" trabalhista um anos depois”.
“O que resultou disso? Porque a promessa da reforma foi de que geraria emprego, daria maior competitividade, e na verdade o que estamos vendo é ao contrário. Cada vez aumenta mais o desemprego, até porque não se cria emprego por lei. Houve também uma redução muito expressiva no número de demandas trabalhistas e esse sim é um efeito real da Reforma. O problema que esse é um efeito que não se dá porque os empregadores começaram a cumprir os direitos trabalhistas e sim porque os trabalhadores estão com medo de ir até a justiça do trabalho, e isso é muito grave”.
“Ações de homologação de transação extrajudicial na justiça do trabalho, primeiras impressões” foi o tema da palestra do Juiz do Trabalho substituto, Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, Bóris Luiz Cardozo de Souza.
“É um novo tipo de ação que veio com a Reforma Trabalhista e o objetivo dessa ação é que as partes se acertem fora e venham até juiz só para ele homologar e dar quitação. É um novo tipo de ação que muda os paradigmas que normalmente os advogados tinham e os juízes também, com relação as ações trabalhistas e está cheio de novidades e dúvidas em relação a isso. Debati as primeiras impressões que tivemos com esse tipo de ação”.
Após as palestras iniciou-se a cerimônia de posse. A mesa da cerimônia foi formada pela Presidente da AAT em gestão finda Rafaela Tiyano Dichoff Kasai, o Presidente da Ordem Mansour Elias Karmouche, Desembargador do Trabalho André Luís Moraes de Oliveira, Diretor do Fórum Trabalhista da 24ª Região Renato Miazato, Juiz do Trabalho Christian Estadulho, Vice-Presidente da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas da Região Centro-Oeste, Karlla Patricia Souza, Advogado Tiago Alves da Silva, Juíza do Trabalho da 4ª Região Valdete Souto Severo, Juiz do Trabalho Substituto da 24ª Região Bóris Luiz Cardozo de Souza.
A nova diretoria é formada pelos Advogados Tiago Alves da Silva (Presidente), Bertini Nantes (Vice-Presidente), Priscilla Arraes Reino (1ª Secretária), Elizeu Moreira Pinto Junior (2º Secretário), Heberty Luis Alves Marietti (1º Tesoureiro), Sandra Cordulina de Souza (2ª Tesoureira), Silvia Cristina de Carvalho (Diretora Social), Guilherme Coppi (Delegado Junto à Abrat).
O novo Presidente empossado, Tiago Alves da Silva destacou a importância desse momento.
“O momento é de bastante esperança e entusiasmo para retomar os trabalhos da advocacia trabalhista, principalmente nessa nova conformação que o Direito do Trabalho está. A advocacia do trabalho administra o processo do trabalho, o processo do trabalho por sua vez instrumentaliza o direito do trabalho, e o direito do trabalho é uma conquista da classe trabalhadora. Estou bastante entusiasmado de poder colaborar com essa nova etapa da advocacia trabalhista”.
O Presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche, salientou o apoio da Ordem à nova diretoria para fortalecer a justiça trabalhista.
“A Ordem dos Advogados do Brasil, como esteve do lado da Rafaela, do Rafael e do Diego, estará ao seu lado para que nós possamos realmente defender esta advocacia aguerrida que é a trabalhista, esta advocacia que sofre. E não adianta ser advogado de trabalhador e discutir com advogado de empregador, porque os dois vão sofrer as mesmas consequências no dia em que nós não tivermos mais a nossa justiça para buscarmos nossos direitos e para defender os direitos de quem está sendo processado. É isso que se espera de uma justiça como uma justiça trabalhista”.