Brasília, 03/08/2006 – Em tempo de cobrança da sociedade para maior rigor nas punições a advogados envolvidos com quadrilhas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) dos dois maiores Estados do País e também maiores vítimas do crime organizado – São Paulo e Rio de Janeiro – colocaram os dados na mesa. Em reunião do Colégio de Presidentes de Seccionais da entidade, em Aracaju, o presidente da OAB paulista, Luiz Flávio D’urso, informou que a entidade já expulsou 14 este ano, número que durante todo o ano passado foi de 17. Já o presidente da Seccional da OAB do Rio de Janeiro, Octávio Gomes, contabiliza 95 advogados expulsos de 2001 a 2006, dos quais 24 por envolvimento com o crime organizado. Ambos advertiram que continuarão implacáveis com o que a OAB passou a denominar – e com linguagem unificada por definição de seu presidente nacional, Roberto Busato – de “criminosos travestidos em advogados”.