Para OAB/MS, falta Justiça impor exigências aos índios
As decisões judiciais sobre o conflito fundiário em Japorã não têm imposto coação ou exigências aos índios em caso de descumprimento, aponta o presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Geraldo Escobar. Ele cita que a decisão de ontem do TRF3 (Tribunal Regional Federal) determina a desocupação completa de 11 fazendas e permanência em trechos a serem definidos de três porém não trata do que será feito se os índios a desrespeitarem. Na opinião de Escobar, esta falta de previsão do que ser feito acaba resultando em demora na solução do conflito. Por outro lado, ele considera que o teor das decisões judiciais, prevendo em todos os caso a negociação, acabou preservando a integridade física dos envolvidos. Ele disse ainda, em entrevista ao Bom Dia MS, da TV Morena, que as decisões apontam desconhecimento dos magistrados sobre o que ocorre em Japorã. Conforme Escobar, será difícil identificar os autores da depredação em imóveis das fazendas, o que irá prejudicar uma ação criminal. Os donos de áreas já disseram que querem uma perícia judicial para cobrar indenização da União.