PF prende falso advogado acusado de fraudar o INSS

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Batizada de “Iceberg”, uma operação que envolveu mais de 30 agentes da Polícia Federal, ontem, em Campo Grande, resultou na prisão do falso advogado Ribamar Osório de Paiva, no fechamento de dois escritórios e apreensão de milhares de documentos, computadores e até de uma metralhadora italiana equipada com silenciador. Ribamar, investigado em oito inquéritos por fraudes contra o INSS, é apontado como líder de uma quadrilha especializada em forjar perícias médicas e falsificar documentos para conseguir aposentadorias e benefícios fraudulentos. Um dos escritórios funcionava no Bairro Santa Luzia e o outro na Rua 26 de Agosto, em frente à sede do INSS, onde várias pessoas também foram detidas, mas cujos nomes não foram revelados pela Polícia Federal. Mais de 30 agentes da Polícia Federal participaram ontem da Operação Iceberg em Campo Grande, que resultou na prisão do falso advogado Ribamar Osório de Paiva. Ele é acusado de liderar uma quadrilha, contando inclusive com a participação de advogados, especializada em forjar perícias médicas e falsificar documentos para fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. A prisão foi em cumprimento ao mandado de prisão expedido pelo juiz federal Gilberto Mendes Sobrinho, que já condenou o acusado a 2 anos e 8 meses de reclusão. O Correio do Estado tentou saber com o juiz qual o crime que resultou na condenação do réu, mas através dos seus assessores ele disse que não poderia informar nada a respeito. Ribamar foi preso por volta das 10h, em sua residência, localizada na Rua São Joaquim, 1.115, no Bairro Santa Luzia. No imóvel, a Polícia Federal apreendeu milhares de documentos, computadores e ainda uma metralhadora, calibre 9 milímetros, de origem italiana munida com um silenciador. Ribamar responde ainda a oito inquéritos que estão em andamento para apurar crimes praticados contra a Previdência Social. No mesmo instante em que o falso advogado era preso, outra equipe de agentes, foi até o escritório de advocacia dele, que funciona num prédio localizado na Rua 26 de Agosto, justamente em frente do prédio do INSS, em Campo Grande. Eles apreenderam agendas, livros-caixa, computadores, disquetes, dossiês, carimbos e outros documentos com suspeitas de terem sido usados para embasar pedidos de aposentadorias e outros benefícios junto ao INSS. Todos os responsáveis que se encontravam no escritório foram conduzidos para a sede da Polícia Federal para prestarem esclarecimentos, sendo que, até o fechamento desta edição, continuavam prestando depoimento. A documentação apreendida será periciada por procuradores do INSS e pelo Setor de Perícias da PF. Denilson Pinto