Procuradores propõe criação de força-tarefa para combater crime
Uma força-tarefa deve ser formada para fazer uma radiografia do crime organizado no país e verificar a verdadeira extensão de sua atuação no contexto nacional. Essa é a proposta da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para combater a escalada da violência no país. A entidade divulgou nota para manifestar repúdio ao assassinato do juiz Alexandre Martins Castro Filho, do Espírito Santo, e solidariedade às famílias dele e do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, morto no dia 14 de março. Leia a nota da ANPR: A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) manifesta público apoio às investigações desenvolvidas no Estado do Espírito Santo, por força-tarefa que integra procuradores da República, Polícia Federal e Receita Federal, e repudia o assassinato do juiz de execuções criminais Alexandre Martins Castro Filho, ato criminoso que, a exemplo de outro assassinato recente, o do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, foram perpetrados com o objetivo único de implantar um terror intimidatório contra as ações de autoridades no combate ao crime organizado. Não serão com essas atitudes que autoridades deixarão de cumprir sua missão no sentido de manter o Estado de Direito consagrado pela Constituição Federal e assegurar à sociedade a manutenção da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Pela gravidade dos fatos, entende a ANPR que devem ser tomadas providências urgentes no sentido de ser determinada a formação de força-tarefa com o objetivo de fazer uma radiografia do crime organizado no país, a fim de verificar a verdadeira extensão de sua atuação no contexto nacional. Somente com tal iniciativa poderão ser tomadas medidas enérgicas e concretas visando desbaratar as associações criminosas, identificadas pontual ou nacionalmente, atitude já requerida ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro. A ANPR se solidariza com as famílias dos magistrados assassinados neste momento de apreensão e pesar. Carlos Frederico Santos Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República