Vladimir questionará exclusão de MS do PAC da segurança pública
O presidente em exercício da Ordem dos Advogados do Brasil, Vladimir Rossi Lourenço, informou na sexta-feira, em Campo Grande, durante reunião do Conselho Seccional da OAB-MS, que a instituição questionará o Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa sobre os motivos que levaram o Governo federal a deixar o Mato Grosso do Sul de fora do Plano de Aceleração de Crescimento (PAC) da segurança pública. O Estado, apesar de suas peculiaridades, especialmente suas linhas de fronteiras secas com outros países, acabou não sendo lembrado para a liberação de recursos para execução de projetos na área de segurança.
Ao participar da reunião do colegiado da OAB no Estado, junto com o senador Valter Pereira e com o deputado federal Nelson Trad, ambos do PMDB, Vladimir Rossi Lourenço disse que vai agendar audiência com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para discutir o problema.
O presidente em exercício da OAB Nacional – Cezar Britto encontra-se em viagem a Portugal até o dia 5 próximo – adiantou que indagará dos poderes constituídos a razão da exclusão, uma vez que Mato Grosso do Sul faz fronteira seca com outros países, no caso Paraguai e Bolívia, por onde, conhecidamente, tem entrado grande parte das drogas, armamentos que abastecem o mundo do crime no Rio de Janeiro, São Paulo e as grandes capitais. Também por esses pontos acontece a passagem de carregamentos de contrabandos.
O coordenador-geral do Movimento MS Contra a Violência, mobilização encabeçada pela OAB-MS, José Augusto Lopes Sobrinho, entende que a exclusão de Mato Grosso do Sul do pacote de segurança nacional “não é somente um descaso com o nosso Estado, mas uma total desinformação e desconhecimento das principais fontes que alimentam a criminalidade no Brasil e, pior ainda, quanto aos critérios adotados para a seleção dos Estados que vão ser contemplados com os recursos do PAC”. Ele entende que “é preciso fechar as torneiras do crime organizado, que estão abertas nas fronteiras do nosso Estado e não enxugar o sangue que derrama pelas ruas das cidades, todas as vezes que existe uma operação policial nos morros do Rio de Janeiro ou na periferia de São Paulo”.