Ação que retira poderes do CNJ não será julgada antes de 19 de outubro
Não deverá acontecer antes do dia 19 de outubro o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que tira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o poder de punir juízes por má conduta. Para o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, retirar do CNJ o poder punitivo de magistrados que desonram a toga será um grave retrocesso, uma vez que o Conselho abriu o Judiciário, deu-lhe transparência, sobretudo com as punições que efetivou.
Essa Adin tem como objetivo fazer com que o Judiciário volte a ser uma caixa preta, cenário com o qual a OAB não pode concorda.
A análise da ação, proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), já havia sido adiada na semana passada, após a repercussão da polêmica envolvendo a corregedora do órgão, Eliana Calmon, e o presidente do STF e CNJ, Cezar Peluso. Contrária à redução de poderes, Calmon chegou a falar da existência de bandidos de toga no Judiciário, o que provocou a reação de Peluso.
O presidente da OAB de Mato Grosso do Sul, Leonardo Duarte, avalia “que manter as competências do CNJ é fundamental para a sociedade e para o aperfeiçoamento da cidadania. O CNJ com o poder de fiscalização que possui hoje ampliará a confiança do cidadão no Sistema Judiciário do país”. Duarte estará em Brasília na próxima semana, onde tratará da questão do CNF com o presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante e outras lideranças nacionais dos advogados.