Há 40 anos Vilton Divino Amaral inaugurava o 1º escritório, apresentando a advocacia à Costa Rica 

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Há 40 anos o serviço de advocacia chegava à Costa Rica, localizada no interior do Mato Grosso do Sul e considerada a Capital Estadual do Algodão. A novidade no município que hoje conta com cerca de  21.140 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi apresentada pelo Advogado Vilton Divino Amaral. Na época, ele tinha os seus 30 anos de idade, recém havia ingressado na carreira e viu na pacata cidade a oportunidade de obter o crescimento profissional. 

Vilton Divino foi entrevistado no contexto do Projeto ‘Compartilhando Conhecimentos’, desenvolvido pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional MS, como forma de valorizar os profissionais que fazem parte da história do Estado. O Advogado nasceu no dia 31 de janeiro de 1951 em Paranaíba. Mas, ainda criança, aos 4 anos, mudou-se com a família para Aparecida do Taboado onde residiu até os 14 anos, “vivendo uma vida simples de menino do interior”, conforme ele considera. 

Desde que entrou na adolescência, Vilton morou em São Paulo, no Rio de Janeiro e Curitiba (PR), onde se graduou em Direito, nos anos de 1980. Preparado na teoria para se dedicar à profissão, ele então decidiu voltar ao Mato Grosso do Sul em 1981 e se mudou para Costa Rica. Na época a cidade era pouco povoada, tinha pouca estrutura e essas condições que poderiam desmotivar, pelo contrário, serviram de incentivos para que o advogado plantasse ali as suas sementes. 

“Não existia nenhum advogado com escritório e apesar de ser muito pequena vi que aqui poderia ser o começo da minha carreira. Foi muito difícil o início. Tínhamos que viajar durante horas para nossas audiências, transitando por estradas empoeiradas e esburacadas. A cidade não tinha água encanada e nem luz elétrica. As condições para se ter uma vida digna eram muito limitadas”, recorda. 

Por outro lado, Vilton não teve dificuldades para conquistar os primeiros clientes. “Eu era o único advogado formado que residia e tinha escritório em Costa Rica. Fiz uma boa clientela e em 2003 passei a advogar para o Banco do Brasil por longos 20 anos”, destaca. Para ele, a advocacia exige muita dedicação, respeito e honestidade com os clientes. “Esses são os pilares que sustentam o Advogado e que o faz ser respeitado na comunidade onde vive e trabalha. Sem isso dificilmente você conquista uma boa clientela”, defende.

Júris inspiraram Vilton seguir a advocacia

O decano, hoje com 70 anos de idade e 40 de advocacia, diz que sempre sonhou em ser Advogado. “ A decisão ocorreu muito cedo, ainda quando eu era adolescente. Gostava de assistir aos júris e foi aí que tudo começou. Mal sabia que a advocacia me reservava grandes surpresas ao longo dos anos. Felizmente consegui realizar esse sonho, passando por muitas dificuldades, mas sempre com muito empenho e dedicação”, celebra. Vilton conta que os pais e irmãs não tiveram a mesma oportunidade e apenas ele conseguiu se formar em um curso superior. 

Vilson é casado com Neide Lebrero Mangas há 30 anos e fruto desse amor nasceu Waldemar Lebrero Mangas Neto do Amaral que também é Advogado. “Da família apenas eu e meu filho seguimos a carreira de advogados”, compartilha.

Para o decano, a advocacia é uma ciência ampla que estuda as normas legais existentes em uma nação com extenso campo de atuação, o que para os profissionais representa inúmeras oportunidades. “Acho que isso me motivou e hoje atuo em diversas áreas do Direito”, pondera.

Àqueles que recém estão chegando na profissão, Vilson avisa que o advogado, assim como qualquer outro profissional, está submetido às normas de conduta, tendo em vista a necessidade de uma postura ilibada, digna, decorosa, correta, independente, leal e verdadeira para que a própria classe seja vista com respeito.

“A ética normatiza as condutas profissionais. De acordo com as demandas e especificidades de cada categoria, tem-se necessidade de uma específica linha de postura. As profissões jurídicas têm também suas normas éticas e morais que lhes são próprias. Uma postura ética por parte do Advogado é importante para oferecer confiança às pessoas que precisam dos seus serviços. Além disso, possibilita o respeito com clientes e colegas de profissão”, conclui. 

‘Compartilhando Conhecimentos’

A equipe de imprensa já contou histórias de Marline Kalache, Salim Moises Sayar, Dinalva Garcia,Rosely Coelho Scandola, Ana Abdo, Alci Araújo, João Glauco Arrais, Aparecidos dos Passos, Belmira Vilhanueva, Osvaldo Feitosa de Lima,Vicente Sarubbi, Jorge Gai , Natalina Luiz de Lima, Ademar Mariani, Milton Melgaref da Costa, Silvia Bontempo, Eduardo Coelho Leal, Juracy Alves Santana, MárioPeron, Felix Balaniuc, Margarida Aidar, Margarida Cavalheiro, Levi Moroz e Adelice Rezende Guimaraes.

Texto: Laura Holsback / Foto: Arquivo Pessoal